Em relação à coluna do Oswaldo Militão, publicada na edição impressa desta terça-feira, dia 9 de março, gostaria de fazer uma ponderação. Refiro-me ao tópico sobre as bancas de jornal.

Não posso falar sobre as bancas de Londrina, pois não moro nessa cidade. Mas o que eu sei é que o mercado de impresso encolheu, provocando efeito semelhante nesses tradicionais espaços onde o leitor pode comprar revistas, jornais, gibis etc. Infelizmente, a queda na procura e interesse por publicações impressas vem castigando a manutenção das bancas, cujos jornaleiros são obrigados a fechar seus negócios ou "passar para frente".

Lamento essa situação. Tenho acesso a PCs e smartphone, consumindo informações pelo meio digital. Mas minha grande paixão é o impresso; por isso, assino a Folha de Londrina, entre outros veículos.

E, para encerrar, achei bem curioso o médico Sidney Girotto, relatado na coluna, procurar jornais e revistas. Isso é um costume cada vez mais raro de se ver hoje em dia.

No mais, desejo muita saúde para a Folha e seus funcionários. Continuem produzindo esse jornalismo profissional de qualidade e comprometimento com a verdade. Aquele abraço,

Cristiano Martinez (jornalista) Guarapuava



Tripudiando sobre a nossa dor

Caminhando célere para a triste marca de 300 mil óbitos, com mais de 10 milhões de infectados e a rede hospitalar em colapso, os brasileiros foram obrigados a ouvir de Jair Bolsonaro, em tom ofensivo, o seguinte: "Vão ficar chorando até quando? Deixa de frescura, deixa de mimimi", "tem idiota que diz: vai comprar vacina. Só se for na casa da tua mãe". Inacreditável, inconcebível e inadmissível, partindo de um presidente da República em pleno exercício do mandato. Jamais acreditei que um dia pudesse ouvir tanta hostilidade, ódio e perversidade da nossa maior autoridade. É de ficar estupefato diante de tanto atrevimento. Esse não pode ser o comportamento do líder de uma nação. Até quando seus conselheiros e as demais autoridades constituídas continuarão "passando a mão na sua cabeça", aceitando a sua rudeza e estupidez com naturalidade? Diante da sua má gestão na aquisição dos imunizantes, desde setembro passado, e vendo o caos bater às portas dos hospitais, a desesperança e o desespero começam a abater sobre os brasileiros. Enquanto Angela Merckel se consterna com os alemães dizendo "não posso imaginar o rancor daqueles que vivem o luto pela perda de um ente querido" e Biden dá o recado aos americanos que "a meta é vacinar 100 milhões em 100 dias", inclusive incentivando o uso de máscaras, por aqui o mau exemplo e o ultraje arrogante predominam diariamente, promovidos pelo próprio chefe do governo. É muito angustiante; dói no fundo da alma!

Ludinei Picelli (administrador de empresas) Londrina

(Os artigos, cartas e comentários publicados não refletem, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina, que os reproduz em exercício da sua atividade jornalística e diante da liberdade de expressão que lhe são inerentes.)