A empresa responsável pela reconstrução do terminal do Ouro Verde, na zona norte de Londrina, encaminhou à prefeitura dois pedidos de aditivo: um relativo a tempo e outro financeiro. A obra teve início em julho do ano passado e deveria ser entregue na próxima segunda-feira (12). No entanto, medição de maio de servidores do município apontaram cerca de 45% de execução dos serviços previstos em projeto. Com muitas intervenções ainda a serem feitas, a empreiteira – que tem sede em Cascavel (Oeste) – solicitou mais três meses de prazo.

LEIA TAMBÉM: DER notifica prefeitura para retirar rampa em obra na UBS Três Bocas

Na justificativa, a construtora alegou a demora para liberar o antigo terminal para demolição, enquanto o provisório estava sendo montado; dificuldades para fazer as estacas por conta de pedras bola; as chuvas entre janeiro e abril, que teriam prejudicado “sensivelmente a execução dos serviços de montagens da estrutura metálica e drenagem”; e serviços adicionais, como “aumento do volume de escavações da drenagem, reforços nas estruturas do beiral da cobertura metálica, reforço das estruturas de sustentação das venezianas e alteração da rede de esgoto.”

“Em virtude das situações ocasionadas conforme descrito, houve atrasos na obra, fazendo-se necessário nesse momento um acréscimo de 90 dias de prazo para que possamos concluir a obra de acordo com as boas técnicas da construção”, destacou a empresa no documento que a FOLHA teve acesso.

REEQUILÍBRIO

Já o reequilíbrio econômico-financeiro é referente ao “aniversário” de um ano da edificação. Uma lei federal indica que as empreiteiras podem requerer reajuste sobre o saldo remanescente se a obra passar de um ano da data da proposta, neste caso, abril do ano passado. A reconstrução tem custo total de R$ 12,6 milhões e ainda falta pagar cerca de R$ 7,3 milhões, ou seja, o reequilíbrio seria de aproximadamente R$ 525 mil. A prefeitura, por meio das secretarias de Obras e Pavimentação e Gestão Pública, ainda está analisando os pedidos.

O terminal do Ouro Verde passará de 820 metros quadrados em área construída para mais de 3.800 depois de pronto. Cerca de 13 mil pessoas passam pelo local diariamente, utilizando 14 linhas. Para os passageiros, mais tempo de obra significa mais transtornos. “O terminal provisório é bem ruim em dias de chuva e com muito vento”, comentou o auxiliar de serviços gerais Elton Silvino. Além disso, com as calçadas no entorno da estrutura sendo refeitas, a área foi isolada e os pedestres estão tendo que passar ao lado dos carros pela avenida Winston Churchill.

ATERRO DO IGAPÓ

Em obras desde agosto de 2022, o aterro do lago Igapó ficará, pelo menos, mais dois meses para ser finalizado. A prefeitura formalizou um aditivo que definiu a nova data de entrega em agosto. Esta é a terceira prorrogação de prazo, que já havia passando de fevereiro para abril, depois para junho e agora para agosto. A empreiteira, que é de Londrina, indicou a necessidade de mais tempo para os serviços das passarelas e dificuldades com as chuvas.

Revitalização do aterro tinha previsão de entrega em fevereiro
Revitalização do aterro tinha previsão de entrega em fevereiro | Foto: Pedro Marconi

Entre as melhorias no aterro estão novas calçadas pela área arborizada, ao lado do córrego, passarelas, mobiliário urbano de concreto armado, a substituição das pontes de madeira por alvenaria, sinalização da ciclovia, iluminação em LED e substituição dos tachões por floreiras. O investimento é de R$ 1,2 milhão. Foram feitas 60% das intervenções propostas na revitalização.

A reportagem não conseguiu contato com o secretário municipal de Obras e Pavimentação para comentar as duas obras.

****

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.