Após cerca de cinco meses de negociações, a secretaria municipal de Saúde e a Iscal (Irmandade Santa Casa de Londrina) entraram num acordo para que o antigo prédio do Mater Dei, na área central, receba a estrutura da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol durante o período de reformas. O imóvel da instituição fica na esquina da avenida Bandeirantes com a rua Senador Souza Naves e está desativado desde julho do ano passado, quando os serviços do hospital foram transferidos para a Santa Casa.

A UPA deverá ocupar o térreo e o primeiro andar do prédio. Atualmente estão sendo alinhados os últimos detalhes do contrato. “(Buscávamos) um local que fosse adequado à população para ter o atendimento da urgência e emergência. A Santa Casa apresentou a proposta de minuta de contrato e está em análise do nosso setor jurídico e financeiro para avaliar as condições desse contrato” explicou Rosilene Machado, diretora-geral da secretaria de Saúde e secretária interina.

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Não foi divulgado quanto o poder público londrinense vai desembolsar de aluguel. “Tem uma comissão da prefeitura que faz a avaliação”, afirmou. “Estamos na parte burocrática, vendo o que é de responsabilidade do município, o que será da Santa Casa, se vai precisar fazer alguma adequação no ambiente”, comentou. “A Santa Casa já deu o ok para a locação. Agora, está na fase das formalidades de contrato”, confirmou o hospital à FOLHA.

Imagem ilustrativa da imagem UPA Sol funcionará no antigo prédio do Mater Dei durante reforma
| Foto: Pedro Marconi

OITO MESES

A revitalização da Unidade de Pronto Atendimento deverá durar oito meses, se não houver atrasos. A expectativa do município é de que o contrato seja totalmente formalizado este mês e depois a mudança aconteça em até 15 dias. “Não tem como ficar sem o atendimento (da UPA). Tem que ser muito planejado e programado para quando precisar fazer a mudança, que seja, no máximo, em dois dias, porque tem algumas situações que não dá para fazer mudança em atendimento”, ponderou. De 400 a 500 pessoas são atendidas em média na unidade diariamente.

Concomitante às questões administrativas, a secretaria está buscando uma empresa para fazer a transferência do aparelho de raio-x para a estrutura do Mater Dei. Além disso, uma terceirizada que já tem vínculo com a prefeitura foi acionada para promover a mudança do link da UPA para o local provisório.

RACHADURAS

A licitação para reforma da unidade está homologada desde agosto, no entanto, as obras não começaram justamente por não ter um lugar para receber a infraestrutura de urgência e emergência. As melhorias vão custar R$ 1,6 milhão. Entre as intervenções que serão promovidas estão a reforma na parte de alvenaria, revestimentos das paredes e teto, esquadrias, cobertura, piso e instalações hidráulicas e elétricas.

O prédio foi inaugurado há apenas nove anos, entretanto, apresenta vários problemas estruturais internos e externos, com rachaduras e desabamento frequente do forro. “Está precisando mesmo de uma reforma, só de olhar de fora já dá para perceber. Entrando tem certeza, porque está ainda pior. O lugar que escolheram para transferir não é perto, mas melhor que nada”, opinou o autônomo Luiz Antonio de Oliveira. A distância da UPA para o antigo Mater Dei é de cerca de cinco quilômetros.