O Instrument Landing System (ILS), conhecido pela sigla ILS, é amplamente utilizado como o sistema mais preciso para orientação vertical e lateral durante pousos. É especialmente crucial em condições de baixa visibilidade, como neblina, chuva e neve, permitindo que pilotos ou pilotos automáticos guiem a aeronave diretamente até a pista, mesmo que a pista só seja visível nos segundos finais antes do pouso. A eficácia do ILS depende dos recursos disponíveis nas aeronaves e nos aeroportos, bem como de considerações de custo e benefício.

E como funciona um ILS?

O sistema opera através de duas antenas instaladas próximas à cabeceira da pista, que se comunicam com a aeronave.

A primeira antena emite sinais para ajustar a altitude, enquanto a segunda proporciona direções para alinhar lateralmente o avião com a pista.

Esses sinais se cruzam para formar uma orientação precisa, confirmada por feedback sonoro e visual na cabine, assegurando que a aeronave esteja seguindo a trajetória correta para um pouso seguro no ponto ideal da pista.

Imagem ilustrativa da imagem Entenda como funciona o ILS, sistema de pouso por instrumentos que será instalado no aeroporto de Londrina
| Foto: Folha Arte

O ILS possui três categorias (CATs).

Cada uma é gradativamente mais “potente” que a anterior e capaz de auxiliar pousos em condições meteorológicas mais desfavoráveis.

O ILS – CAT I possibilita uma aproximação em que a altura de decisão (momento em que o piloto deve optar por continuar com o pouso ou continuar voando para uma nova tentativa) não é menor que 60 m de altura e a visibilidade horizontal não é menor que 550 m.

Já o ILS CAT II viabiliza altura de decisão não menor que 30m e visibilidade de até 300 m.

O ILS CAT III pode ser de três tipos, chegando ao máximo de auxílio possível:

  1. ILS CAT III Alpha: altura de decisão menor que 30m e visibilidade de até 200m;
  2. ILS CAT III Bravo: decisão de 15 m e até 50 m de visibilidade;
  3. ILS CAT III Charlie: sem altura de decisão e sem restrições de visualização de pista.

Sistemas como o ILS CAT I e II, que oferecem altura de decisão e visibilidade maior do que o ILS CAT III, podem não ser suficientes em determinadas condições meteorológicas. “Quando a tripulação não visualiza a pista ao atingir os valores mínimos estabelecidos ela deve iniciar o procedimento de arremetida e, se for necessário, aterrissar em um aeroporto alternativo”, explica Raul Souza, consultor técnico da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).(Com informações da Abear)