'Estímulo do consumo deve ser pelo desejo', diz presidente do Sima
Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas, maior polo moveleiro nacional, vai discutir setor no 11º Congresso Nacional Moveleiro, em Curitiba
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas, maior polo moveleiro nacional, vai discutir setor no 11º Congresso Nacional Moveleiro, em Curitiba
Reportagem local
Investir na produção de móveis com maior valor agregado e aumentar as margens de lucro das empresas são dois dos maiores desafios a serem vencidos pela indústria moveleira, afirma José Lopes Aquino, presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (SIMA) e vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMOVEL). Para avançar, todos os caminhos passam pela inovação e pelo desenvolvimento de processos sustentáveis, acrescenta Aquino, que lidera o setor na cidade nomeada em 2023 por decreto federal a Capital Moveleira Nacional. O principal polo brasileiro de produção de móveis reúne 300 fábricas e 12 mil trabalhadores.
Questões como essas que interessam a Arapongas e às 21,7 mil empresas que em todo Brasil empregam 270,6 mil trabalhadores diretos e indiretos estarão na pauta do XI Congresso Nacional Moveleiro, nos dias 1 e 2 de outubro, no Campus da Indústria, em Curitiba. O evento é organizado pela Federação das Indústria do Paraná (Fiep) em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMOVEL).
O summit da movelaria nacional vai discutir as consequências de tragédias ambientais como a vivida pelo Rio Grande do Sul, refletir sobre a responsabilidade social e sustentável da indústria moveleira, além de mostrar como empresas do setor contribuíram para mitigar o sofrimento da população, com ações voluntárias de impacto.
“O evento tem dois dias de muita interação entre os profissionais da área, além de ser uma vitrine para a indústria moveleira, proporcionando uma plataforma para inovação e desenvolvimento de novas tecnologias”, diz Irineu Munhoz, Coordenador do Conselho Setorial da Indústria Moveleira da Fiep e Presidente da Abimóvel. “Nossa temática não apenas reconhece os desafios atuais, mas também busca soluções inovadoras e sustentáveis para reconstruir vidas e economias afetadas por desastres, trazendo novas perspectivas para o futuro do viver — o que a indústria de móveis sabe fazer de melhor!”, completa.
Grandes nomes do setor e renomados palestrantes estão confirmados para essa edição. Carlos Ferreirinha, consultor especializado no segmento de luxo; Marcos Batista, Diretor de Inovação do Centro Paula Souza (CPS) e Cofundador da startup Sala do Empreendedor Digital (GOVTECH); a Diretora-Executiva da ABIMÓVEL, Cândida Cervieri; a arquiteta e presidente da Confraria AD, Elisa Mielke; além de designers como Sérgio Matos, Bruno Faucz e Katalin Stammer, entre outros palestrantes.
Confira entrevista com José Lopes Aquino.
Quais são os grandes desafios da indústria moveleira da sua região, e do Brasil como um todo?
José Lopes Aquino - Creio que o principal desafio seja exatamente esse: a urgente necessidade de agregar valor e melhorar as margens de lucro, buscando o potencial de crescimento sustentado no design e na melhoria dos serviços ao consumidor. Por isso, é tão importante que nós estejamos juntos em eventos como o XI Congresso, para trocar experiências e buscar soluções para as mesmas dores.
Como o senhor acha que o setor moveleiro pode avançar, crescendo e se modernizando, em aspectos como inovação e sustentabilidade?
Acredito que devemos associar várias ações, tais como a busca por certificações em toda a cadeia produtiva; o uso mais intenso de florestas renováveis; novas matérias primas; adotar o reuso, a reciclagem em todos os processos; implementar a logística reversa como valor, etc. Estes podem ser caminhos a serem percorridos para garantir sustentabilidade e inovação! Mas, devemos aliar tudo isso a conceitos de design e ao maior uso de tecnologia, com melhoria de custos. Ações como essas podem dar maior valor ao nosso setor!
Qual a importância do setor para a economia nacional, a geração de empregos, o desenvolvimento do design brasileiro?
Na cadeia indústria o setor moveleiro gera emprego e renda acima da média, atende o consumidor em todo o Brasil e exporta para mais de 60 países. Tem também uma cadeia produtiva de “cauda longa”, tornando a indústria moveleira um elo de grande importância para a indústria nacional, gerando muitos empregos indiretos. Esses, entre outros atributos, tornam a indústria moveleira um grande impulsionador de progresso para o nosso país.
Qual o papel do design no futuro dessa indústria?
Creio que o design, aliado a valores de sustentabilidade na cadeia, pode trazer ao móvel o status de “consumo pelo desejo”, substituindo o “consumo por necessidade” que impera hoje.
Essa evolução tem que ser um objetivo importante e fundamental a ser alcançado, gerando assim uma maior participação do móvel no bolso do consumidor o que, novamente, trará maior participação do setor no consumo das pessoas.
Como o SIMA estimula a competitividade no polo de Arapongas?
Arapongas é a capital moveleira nacional e o SIMA, junto com seus associados trabalha fortemente nos pilares Inovação e Sustentabilidade, buscando o caminho para gerar desejo no consumidor. O Móveis Hub, braço do SIMA junto ao ecossistema de inovação do município e região, estimula ações conjuntas entre as empresas que tragam maior competitividade para as nossas indústrias.
SERVIÇO
11ª Congresso Nacional Moveleiro 2024
Data: 01 e 02 de outubro de 2024
Local: Centro de Eventos da FIEP, Av. Comendador Franco, 1.341 – Jardim Botânico, Curitiba
Inscrições e detalhes sobre a programação: congressomoveleiro.com.br/evento/congressomoveleiro
Para atualizações sobre o 11º Congresso Nacional Moveleiro siga as páginas do Instagram da Abimóvel (instagram.com/abimovel) e do evento (instagram.com/congressomoveleiro).
Com assessoria de imprensa