Londrina teve mais um mês de resultado positivo na geração de empregos. O balanço geral do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, apontou um saldo positivo de 665 vagas no município em agosto. No ano, são quase 6,3 mil vagas formais de trabalho abertas. Na região de Londrina, o nível de emprego também segue positivo, com destaque para Arapongas, com 470 postos criados no mês passado, e Rolândia, que encerrou o mês com saldo de 130 contratações.

Ao longo do ano de 2024, Londrina registrou saldo positivo em todos os meses. Desde janeiro, o município acumula 6.294 empregos com carteira assinada. As 665 vagas computadas em agosto são o resultado de 9.638 admissões e 8.973 desligamentos, indicando o quarto melhor mês no ano. Em relação a julho, o balanço divulgado nesta sexta-feira (27) mostrou pequena alta, de 5,05%. Naquele mês, o saldo foi de 633 postos de trabalho. No entanto, na comparação com agosto de 2023, houve queda significativa, de 41,97%.

Os setores de serviços e comércio foram os que mais contrataram. Serviços teve saldo de 395 vagas e comércio, 304. A construção civil também registrou saldo positivo, de 56 vagas. O setor agropecuário ficou com saldo zero e a indústria encerrou o mês passado com -88 vagas. Outras duas vagas foram fechadas, mas sem identificação da atividade econômica.

O desempenho da indústria preocupa e acende um sinal de alerta, avaliou o economista Marcos Rambalducci. Segundo ele, a retração no emprego industrial é um indicativo de perda de dinamismo na economia local. "Será necessário acompanhar os dados de setembro para determinar se há uma tendência de queda ou se o resultado de agosto foi apenas um ponto fora da curva."

Rambalducci aposta na reversão desse cenário. "A maioria dos sinais aponta que está situação na indústria se reverterá, especialmente com a entrada dos pedidos de final de ano. Como a economia como um todo está apresentando resultados melhores do que os projetados no início do ano, a tendência é que o último quadrimestre permaneça com este viés positivo, lembrando que em dezembro, como de praxe, estes números virão negativos."

Sobre os números de agosto, o economista ressaltou que embora tenham caído os empregos formais no mês passado na comparação com igual mês do ano passado, a geração de postos de trabalho ao longo do ano permanece dentro dos mesmos patamares. "Nos primeiros oito meses de 2023, foram abertos 6.492 postos de trabalho, enquanto neste ano, o saldo positivo alcançou 6.289 (vagas). Apesar da leve diferença, o ritmo de criação de empregos se manteve muito próximo."

“Nosso Caged tem apresentado números muito positivos. Temos muitas ofertas de trabalho e temos também sempre levado capacitação para que os candidatos estejam aptos a ocuparem vagas que o mercado oferece”, disse a secretária municipal do Trabalho, Emprego e Renda, Rosemara de Oliveira Santos. Na agência do emprego em Londrina, o maior número de oportunidades no momento é para operador de telemarketing ativo e receptivo, com 130 vagas disponíveis, ajudante de carga e descarga de mercadorias, com 67 vagas, e vendedor interno, com 61 ofertas de trabalho.

Nas maiores cidades da Região Metropolitana de Londrina, Arapongas e Rolândia tiveram os resultados mais expressivos, com saldos positivos de 470 e 130 vagas, respectivamente. Em Ibiporã, foram criados 99 empregos e em Cambé, 93. Arapongas teve o quinto melhor desempenho em todo o Estado.

Paraná

No Paraná, as 665 vagas geradas em Londrina posicionaram a segunda maior cidade do Estado na quarta colocação em agosto. O ranking estadual é liderado por São José dos Pinhais, com 1.068 postos de trabalho, seguida de São Mateus do Sul (835) e Ponta Grossa (800). A capital Curitiba, com 48.256 admissões e 48.140 desligamentos, ficou com saldo positivo de apenas 116 novas vagas, atrás de municípios bem menos populosos, como Apucarana e Rolândia, que tiveram saldo de 130 vagas cada um.

Mesmo com o resultado ruim da capital, o Paraná encerrou o mês com números positivos, totalizando 12.803 novas vagas em agosto. No acumulado do ano, são 137.572 postos formais de trabalho, o que eleva o Estado à terceira posição no país e à primeira na Região Sul. Em primeiro lugar ficou São Paulo, com 441.076 vagas, e em segundo, Minas Gerais, com 188.293. O Rio de Janeiro (119.794) e Santa Catarina (115.795) ficaram com a quarta e quinta colocação, respectivamente.

Serviços e comércio impulsionaram a geração de empregos no Estado no mês passado, com 4.438 vagas geradas no setor de serviços e 4.039 no setor de comércio. A indústria foi responsável por 2.654 contratações, a construção civil abriu 1.464 novas vagas e a agropecuária, 211.

Brasil

O Brasil criou 232.513 vagas de trabalho com carteira assinada no mês de agosto, saldo de 2.231.410 admissões e 1.998.897 desligamentos. O resultado foi o melhor desde abril deste ano (239.785), mas o maior volume computado desde janeiro pelo Caged foi em fevereiro, com 306.052 postos de trabalho. Maio teve o pior desempenho, com saldo de 139.279.

Desde janeiro, o país soma 1.726.489 contratações e fica próximo de alcançar a meta do governo, de fechar 2024 com dois milhões de empregos formais. “Acreditamos que nos próximos meses continuaremos com essa curva ascendente”, afirmou o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Macena.(Com agências)