A Toyota do Brasil fez uma entrega simbólica na segunda-feira (12) de 550 kits com bolsas, pochetes e necessaires para os atletas que representarão o Brasil nos Jogos Paralímpicos Paris 2024. O evento aconteceu em São Paulo, antes do embarque dos atletas para a competição na capital francesa. O projeto une o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a fabricante e o Projeto ReTornar. A ideia é transformar a necessidade em utilidade e sustentabilidade, com a criação de itens indispensáveis na rotina de um atleta. Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 têm sua cerimônia de abertura marcada para 28 de agosto e o encerramento acontece no dia 8 de setembro.

Na solenidade, realizada na manhã de segunda-feira (12), no Centro de Treinamento Paralímpico, estavam presentes parte dos atletas que irá disputar os Jogos de Paris 2024, membros da diretoria e colaboradores da Fundação Toyota do Brasil e do CPB, como o vice-presidente Yohansson Nascimento e a diretora de Marketing, Loraine Ricino.

A parceria visa não apenas fornecer equipamentos essenciais para os atletas, mas também promover a sustentabilidade e a responsabilidade social. As bolsas, pochetes e necessaires foram desenhadas por Lucas Julião, atleta de esgrima em cadeira de rodas e designer do CPB e cuidadosamente desenvolvidas pelos grupos de costura de Indaiatuba (Cooperativa Uni Arte Costura) e Sorocaba (Associação Social Comunidade de Amor – ASCA) para atender às necessidades dos atletas paralímpicos, garantindo praticidade e funcionalidade durante os Jogos, em Paris.

Para Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, o investimento de patrocinadores vai muito além do simples apoio monetário. “Ele representa a crença no potencial dos atletas com deficiência e na importância do esporte como uma ferramenta de inclusão e transformação social. Assim, damos as melhores condições de treinamento, equipamentos de última geração e a oportunidade de mostrar todo o potencial das pessoas com deficiência”, conclui o ex-atleta, eleito melhor jogador do mundo de futebol de cegos, bicampeão paralímpico (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do CPB desde 2017.

O evento simbolizou mais um ponto de união entre a Toyota do Brasil e o CPB por meio do conceito de economia circular, enfatizando a importância de práticas sustentáveis e a reciclagem de materiais. O projeto ReTornar, que integra esses conceitos, será representado durante a cerimônia, reforçando a parceria em prol de um futuro mais sustentável.

A Toyota do Brasil vem intensificando seus esforços para promover a economia circular. Apoiar o Comitê Paralímpico Brasileiro é uma das ações estratégicas da companhia que reforçam o compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. A montadora e sua cadeia de fornecedores são ativas em doações de itens de produção que seriam descartados, por exemplo, antigos uniformes, tecidos automotivos, airbags e cintos de segurança.

Dos resíduos, são produzidos, dentre outros itens, roupinhas para pet, capas para notebook e mochilas. A venda dos produtos gera trabalho e renda para as costureiras. Unindo sustentabilidade e empoderamento feminino, o ReTornar já reutilizou mais de 24 toneladas de resíduos e impactou mais de 1.700 pessoas diretamente.

“O apoio à nossa delegação inspira a sociedade, reconhece e valoriza o atleta paralímpico e estimula a diversidade e o potencial empoderador do esporte. Cada atleta receberá uma bolsa contendo, além da nossa torcida como brasileiro, itens preparados com materiais reciclados, simbolizando a união da sustentabilidade com o incentivo ao esporte”, explica Roberto Braun, diretor de Comunicação e presidente da Fundação Toyota do Brasil.

DELEGAÇÃO BRASILEIRA

Serão 279 atletas brasileiros nos Jogos Paralímpicos. O grupo é formado por 254 esportistas com deficiência, 19 atletas-guia (sendo 18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. Os atletas do país estarão em disputas de 20 das 22 modalidades do programa dos Jogos, uma vez que os brasileiros não conseguiram a classificação no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas.

Esta será a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22

Medalhista

O pernambucano Phelipe Rodrigues é o brasileiro convocado para os Jogos com mais medalhas na história da competição. O nadador da classe S10 (limitação físico-motora) conta com oito pódios paralímpicos na carreira.

Nascido em Recife, no dia 10 de agosto de 1990, Phelipe conquistou ao menos uma medalha em cada uma das quatro edições dos Jogos que disputou – de Pequim 2008 a Tóquio 2020. Especialista nas provas de velocidade (50m e 100m) do nado livre, ele soma cinco pratas e três bronzes no currículo.

Atleta com mais participações

Paris também marca a sexta participação da nadadora cearense Edênia Garcia, 37, em uma edição de Jogos Paralímpicos. A nadadora é a única convocada para o megaevento na França a conquistar a marca, após também ter competido em Atenas 2004, Pequim 2008, Rio 2016 e Tóquio 2020. A atleta já conquistou três medalhas paralímpicas, duas pratas e um bronze, todas na prova dos 50m costas, sua especialidade. (Com informações da assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro)

Treino da Seleção Feminina de Goalball no CT Paralímpico, em São Paulo
Treino da Seleção Feminina de Goalball no CT Paralímpico, em São Paulo | Foto: Alessandra Cabral/CPB