Imagem ilustrativa da imagem Carol Santiago conquista terceiro ouro em Paris

Paris - A nadadora pernambucana Carol Santiago, 39, voltou à Arena La Defense, nesta quarta-feira (4), e conquistou sua terceira medalha de ouro em Paris 2024, desta vez na prova dos 100m livre, da classe S12 (deficiência visual). Assim, ela ampliou sua marca de mulher brasileira com mais medalhas douradas em Jogos Paralímpicos, com seis no total.

Carol Santiago venceu a prova com o tempo de 59s30, superando a ucraniana Anna Stetsenko, que completou a prova em 1min00s39 e ficou com a medalha de prata. A japonesa Ayano Tsujiuchi fez o percurso em 1min01s05, e ficou com a medalha de bronze, completando o pódio. Outra brasileira, Lucilene da Silva Sousa terminou em 6º lugar na prova.

“Eu estou muito, muito feliz, muito satisfeita. São muitas emoções. Está sendo uma competição muito intensa, maravilhosa e, gente, eu só tenho a agradecer”, disse Carol.

Com as três conquistas que já obteve em Paris, Carol alcançou seis medalhas douradas, ampliando a vantagem sobre a velocista mineira Ádria Santos, que tem quatro vitórias no atletismo. Até o início dos Jogos de Paris, Ádria era a dona da marca.

A nadadora pernambucana se tornou bicampeã paralímpica nos 100m livre, prova em que ganhou ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. No Japão, ela também obteve a medalha dourada nos 50m livre e nos 100m peito, além de uma prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos e um bronze nos 100m costas.

Em Paris, ela conquistou ouro nos 100m costas S12 e nos 50m livre S13, totalizando suas seis medalhas douradas. Carol ainda nadará em Paris nos 100m peito SB12, na quinta-feira, 5, e por equipe, no revezamento 4x100m livre misto – 49 pontos, também nesta quarta-feira.

Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.

ATLETISMO; PRATA

O velocista maranhense Bartolomeu Chaves, 22, garantiu pela primeira vez o pódio em Jogos Paralímpicos nesta quarta-feira nos 400m da classe T37 (paralisados cerebrais para andantes). Ele foi medalha de prata no Stade de France, local das provas de atletismo.

Bartolomeu, o Passarinho, completou a prova com o tempo de 50s39. Andrei Vdovin, dos atletas neutros paralímpicos, ficou com o ouro com o tempo de 50s27, e o tunisiano Amen Allah Tissaoui ficou com o bronze, com o tempo de 50s50.

“Dei tudo o que tinha, tudo mesmo. Estava com o joelho inflamado na aclimatação, mas com a ajuda do pessoal do CPB conseguimos melhorar e correr para conseguir essa medalha. Senti um pouco na reta, as pernas pesaram, mas no final deu certo”, disse Bartolomeu.

O paraibano Ariosvaldo Silva, o Parré, avançou à final dos 100m T53 (cadeirantes). Ele fez a melhor marca da sua bateria, com o tempo de 15s19 – o terceiro de toda a classificatória. A final será ainda nesta quarta-feira, às 14h17 (de Brasília).

A paulista Verônica Hipólito fez o segundo melhor tempo da sua bateria nas eliminatórias dos 100m da classe T36 (paralisados cerebrais). Ela avançou à final com a marca de 14s38. Outra brasileira envolvida na disputa, a baiana Samira Brito também avançou à decisão, com o tempo de 14s86. A final será ainda nesta quarta-feira, 4, às 14h04 (de Brasília).

Dois brasileiros disputaram as eliminatórias dos 100m da classe T11 (deficiência visual) na manhã desta quarta-feira, no Stade de France. O capixaba Daniel Mendes terminou a prova em 11s73, seu melhor tempo da temporada. Já o fluminense Felipe Gomes fez a marca de 11s69. Felipe ficou em 13º, enquanto Daniel encerrou sua participação na 14ª colocação. Ambos não avançaram à próxima fase.

O paulista Eduardo Pereira competiu no lançamento de dardo da classe F34 (paralisados cerebrais). O atleta lançou para 25,12m e terminou na oitava colocação.

A paulista Jéssica Giacomelli completou os 100m da classe T54 (cadeirantes) em 17s08 – o seu melhor tempo na temporada. No entanto, ela não avançou à final. Ficou em 11º lugar nas eliminatórias.

A catarinense Suzana Nahirnei terminou em quinto lugar no arremesso de peso da classe F46 (deficiência nos membros superiores). Sua melhor marca foi de 11,43m.

Último brasileiro a competir na manhã desta quarta, o capixaba Marcos Vinícius Oliveira correu os 400m da classe T12 (baixa visão) em 50s42 e não avançou à final.

HALTEROFILISMO; BRONZE

Na estreia do halterofilismo nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, a mineira Lara Lima ficou com o bronze na categoria até 41kg, na tarde desta quarta-feira, na Arena La Chapelle. A brasileira suportou 109 kg no supino e ficou atrás da chinesa Zhe Cui, que bateu o recorde paralímpico da prova com 119 kg, e da nigeriana Esther Nworgu, prata com 118 kg levantados.

Esse foi o primeiro pódio de Lara em Jogos Paralímpicos. No último Mundial da modalidade, ela também ficou em terceiro lugar na mesma disputa. Ela bateu o recorde das Américas, que era da própria Lara, com 107kg levantados em Tbilisi, na etapa da Copa do Mundo da Geórgia, em junho.

“Esse bronze tem sabor de ouro, chega com muita dedicação, muito trabalho. Pessoas incríveis me ajudaram, minha mãe, minha irmã. Minha mãe merece essa medalha tanto quanto eu, é muito bom poder levar essa medalha para elas. Foco nos meus movimentos, e para 2028 (nos Jogos de Los Angeles) pretendo subir um nível”, disse Lara.

GOALBALL

O Brasil está fora da final do goalball masculino. Nesta quarta-feira, o time brasileiro foi derrotado pela Ucrânia na semifinal, por 6 a 4, e perdeu a chance de brigar pelo bicampeonato paralímpico.

Campeões em Tóquio 2020, os brasileiros esperam agora pelo perdedor do confronto asiático entre China e Japão para saber quem vão encarar na disputa do bronze, nesta quinta-feira (5), às 8h15 (de Brasília).

Ainda nesta quarta-feira, a partir das 14h45 (de Brasília), a Seleção feminina tenta buscar uma inédita vaga na decisão ao encarar a Turquia, bicampeã paralímpica, na semifinal. As brasileiras lutam em Paris pela primeira medalha da história do goalball feminino.

CICLISMO DE ESTRADA

A paranaense Jady Malavazzi terminou na 4ª colocação no contra relógio da classe H3 (atletas que têm comprometimento em membros inferiores e não conseguem pedalar com as pernas). Ela fez o tempo de 26min34s29. O ouro foi para a estadunidense Katerina Brim, com o tempo de 24min14s59. Outra brasileira na prova, Mariana Ribeiro ficou em oitavo com o tempo de 31min30s42.

O paulista Lauro Chaman também terminou em quarto, na classe C5 (atletas que possuem comprometimento em membros superiores e/ou inferiores, mas conseguem pedalar com as pernas), como tempo de 36min59s51.

Na classe C2 (atletas que possuem comprometimento em membros superiores e/ou inferiores, mas conseguem pedalar com as pernas), a paulista Sabrina Custódia foi a 15ª colocada no contra relógio, com o tempo de 27min04s65. á na classe C1 (atletas que possuem comprometimento em membros superiores e/ou inferiores, mas conseguem pedalar com as pernas), o goiano Carlos Alberto Soares foi o 7º, com o tempo de 23min23s52.

(Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro)