Paris - Os surfistas Gabriel Medina, 30, e Tatiana Weston-Webb, 28, fizeram história nesta segunda (5) ao conquistarem suas primeiras medalhas olímpicas nas provas disputadas em Teahupo´o, no Taiti. Medina ficou com o bronze e Tatiana ficou a poucos milésimos do ouro, mas ficou com a prata.

É o terceiro pódio do surfe em uma Olimpíada que foi inserido nos Jogos em Tóquio-2020. No Japão, Ítalo Ferreira, que não se classificou para esta edição, foi o campeão. Medina acabou na quarta colocação.

Tricampeão mundial de surfe, Gabriel Medina perdeu na semifinal, em um mar que quase não ofereceu ondas, para o australiano Jack Robinson por 12.33 a 6,33. Na disputa, Medina conseguiu surfar uma única vez.

Na decisão do terceiro lugar, com mar um pouco melhor para surfar, o paulista de São Sebastião superou por 15.54 a 12.43 o peruano Alonso Correa, 26.

Na campanha até a semifinal, Medina, sem muita dificuldade, passou na primeira rodada por Connor O’Leary (Japão) e Bryan Perez (El Salvador); nas oitavas de final, por Kanoa Igarashi (Japão); e nas quartas de final, pelo compatriota João "Chumbinho" Chianca.Nas Olimpíadas na França, o surfe é disputado em Teahupo'o, no Taiti (Polinésia Francesa).

“Os Jogos Olímpicos são o maior palco de esporte que podemos ter no mundo. E agora eu sou medalhista. É muito difícil. Eu sei o quanto trabalhei. Eu sempre assisto esportes em geral e sei o quanto é difícil. Então, fico feliz de ter sido um desses caras, um desses três que podem ganhar medalha no surfe masculino. Como falei, dei o meu melhor, não queria deixar passar mais uma oportunidade porque Tóquio foi muito perto”, afirmou Medina.

Tatiana Weston-Webb, por sua vez, perdeu a medalha de ouro por apenas 18 centésimos em sua última nota. Em uma bateria bem acirrada, ela perdeu para a norte-americana Caroline Marks por 10,50 a 10,33 e ficou com a prata. É a primeira medalha olímpica do surfe feminino brasileiro.

“Foram dias bem puxados, mas além de puxados, foram dias abençoados. Especialmente porque eu acho que tivemos o melhor lugar para participar das Olimpíadas. E foi uma honra gigante representar o Brasil, o meu país. E quase deu ouro, mas a prata é tudo. Esse é o momento mais alto da minha carreira que eu tenho certeza que vou alcançar. Mas é puro orgulho”, comemorou Tatiana. (Com informações do Comitê Olímpico Brasileiro e Folhapress)