Rony culpa imprensa por votação 'pífia'; Takahashi adota cautela
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quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Guilherme Marconi - Grupo Folha
Na primeira sessão remota da Câmara Municipal de Londrina após o domingo de eleições, os vereadores discursaram sobre o resultado das urnas. Entre eles, Mario Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB), que sofreram uma derrota maiúscula após virarem réus na Operação ZR3, deflagrada em 2018. O ex-presidente da Casa, que está no segundo mandato, obteve apenas 402 votos, e o professor petebista, no terceiro mandato consecutivo, conquistou 341.
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Ambos estão entre os 13 réus no processo da Operação ZR3 do Ministério Público do Paraná, que denunciou um suposto esquema de corrupção em tratativas de projetos de lei sobre o zoneamento urbano de Londrina. Rony Alves classificou de "pífia" sua própria votação, mas disse que não reflete o seu histórico político. "Levanto as mãos limpas e nunca dormi com minha mente me acusando. Foi uma luta terrível, uma acusação infundada, uma luta da imprensa contra a gente e sei de muitas falsidades, de pessoas que beijaram o meu rosto e me traíram e me apunhalaram. Esse Rony que a imprensa mostrou não existe" discursou.
Já Takahashi usou a sessão on-line para agradecer aos votos e justificar o resultado das urnas em tom mais sereno, mas criticou políticos que teriam usado a ZR3 como palanque político. "Eu quero discordar de forma educada do Rony. Todos disputaram aqui e só ganham ou perdem quem têm a coragem e ousadia de disputar. Eu decidi ir para a campanha a duas semanas antes do prazo. O resultado da votação é integralmente minha responsabilidade. Enfrentei um desgaste de imagem, mas não de competência. São 402 pessoas que conhecem minha história e sabem que não sou desonesto."
Em janeiro de 2018, os parlamentares foram afastados do cargo por decisão da 2ª Vara Criminal de Londrina. Eles só puderam retornar à Câmara em meados de 2019. Nesse ínterim também foram investigados por quebra de decoro parlamentar sobre os mesmos fatos relacionados à ZR3 em uma Comissão Processante aberta na Casa, mas absolvidos no julgamento político. Ambos negam as acusações do MP.
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