Desde 15 de maio, os produtos agropecuários brasileiros podem contar com mais dois destinos para exportação. Egito e Índia autorizaram a importação de gelatina e colágeno e refresco de açaí, respectivamente.

Para o Egito, poderão ser comercializadas a gelatina e o colágeno de qualquer estabelecimento sob SIF que cumpra os requisitos sanitários e que esteja acreditado pela empresa ISEG Halal. Trata-se de um mercado com potencial, tendo em vista que o país importou cerca de US$ 6,5 milhões por ano dos produtos em 2021 e em 2022. O processo para abertura do mercado teve início em março deste ano e foi concluído em 15 de maio. .

O açaí brasileiro também ganha destaque na Ásia com a abertura do mercado indiano para a importação do refresco da fruta, que deverá ser comercializado embalado em caixa e não refrigerado.

O refresco de açaí é uma bebida não fermentada, obtida pela diluição em água potável do açaí, açaí clarificado ou açaí desidratado, com ou sem adição de açúcares.

Desde o início do ano, que chega à sua vigésima semana, o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) já contabiliza a abertura de 20 mercados nas Américas, Ásia, África e Oceania para a exportação dos mais diversos produtos de variados setores da agropecuária.

“Estamos retomando os laços fraternais do Brasil e a nossa trajetória de um diplomacia reconhecida que, aliada à qualidade da nossa produção, tem permitido que cada vez mais produtos brasileiros cheguem a mais lugares do mundo, intensificando nossa produção e gerando oportunidades para os trabalhadores do campo e também da cidade”, comentou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

NOS EUA

O ministro Carlos Fávaro também esteve recentemente em Washington D.C., capital dos Estados Unidos, visando parcerias para cooperações técnicas e financiamentos de programas que estão sendo desenvolvidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Após a participação no primeiro dia do AIM for Climate Summit, Fávaro se reuniu com o Assessor Especial para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, dando sequência à reunião realizada na sede do Mapa em fevereiro, para cooperação científica, tendo em vista a liderança do Brasil na agricultura tropical. Ainda, sobre as mudanças climáticas, o ministro apresentou os programas que têm foco na intensificação da produção de forma sustentável.

Em reunião com o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, foi tratada a possibilidade de ampliação de acesso aos produtos brasileiros, como lima ácida e etanol, além de estabelecer as parcerias para realização de pesquisas por meio da Embrapa.

As oportunidades para o agronegócio brasileiro também foram assunto do encontro com o chairman da Archer Daniels Midland (ADM), Juan R. Luciano. Considerado um dos gigantes do agronegócio norte-americano, o conglomerado é responsável pela operacionalização de cerca de 270 fábricas de transformação de grãos de cereais em todo o mundo.

Entre as reuniões bilaterais realizadas pela equipe do Mapa durante agenda nos Estados Unidos, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o vice-ministro da Agricultura, Meio-Ambiente e Qualidade dos Alimentos dos Países Baixos, Jan-Kees de Goet para apresentar os projetos do Brasil de intensificação da produção de alimentos de forma sustentável, com baixa emissão de carbono e sem desmatamento.

Já a reunião com o ministro da Agricultura da Dinamarca, Jacob Jansen, tratou da possibilidade de financiamento para a conversão de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis, medida que pode até dobrar a atual área de plantio do Brasil. (Com comunicação do Mapa)