A baixa procura por vacinas contra a dengue no Paraná levou a Secretaria de Estado da Saúde a promover um remanejamento de doses do imunizante. Na sexta-feira (21), a pasta autorizou a transferência de 369 doses, inicialmente destinadas para as Regionais de Londrina e de Cascavel, para Paranavaí, região que ainda não havia sido contemplada.

A medida foi tomada de acordo com recomendação do Ministério da Saúde. No dia anterior, a pasta havia divulgado a Nota Técnica nº 118/2024, orientando sobre a estratégia temporária de vacinação contra a dengue para estados e municípios com imunizantes que tenham vencimento em junho e julho deste ano. O objetivo é evitar a perda dos imunizantes e, ao mesmo tempo, ampliar a cobertura.

O documento do Ministério da Saúde reforça que a recomendação ainda é destinar essas vacinas para crianças de 10 a 14 anos. No entanto, para municípios que possuem vacinas com vencimento para 30 de junho e 31 de julho, a pasta orienta o remanejamento de doses para regiões que ainda não foram contempladas. Outra medida que poderá ser tomada é a expansão da faixa etária para 6 a 16 anos de idade ou, ainda, se nenhuma das alternativas anteriores forem suficientes, ampliar para a faixa etária de 4 a 59 anos de idade.

A Sesa não descarta a ampliação da faixa etária para a vacina. Os municípios também têm autonomia para implantar outras estratégias dentro da sua realidade, desde que estejam de acordo com a orientação do governo federal.

De acordo com reportagem da FOLHA de 11 de junho, Londrina tinha aproximadamente 3 mil doses de vacina com prazo de vencimento em 30 de junho. A procura do público-alvo, crianças e adolescentes, era baixa, com uma média de apenas 100 por semana.

Por outro lado, o boletim mais recente publicado pela Sesa confirmou 25.028 novos casos da doença e mais 46 mortes no Paraná. De acordo com o documento, o atual período epidemiológico, que teve início em julho de 2023, soma agora 460 óbitos, 505.893 diagnósticos confirmados e 860.550 notificações.

O problema é que nem mesmo esses números preocupantes têm levado os paranaenses a procurarem a vacina contra a dengue. E também não têm tomado o cuidado necessário para evitar o surgimento de focos do mosquito transmissor da doença. Cuidado mais do que conhecido pela população: evitar o acúmulo de água parada.

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