À medida que as autoridades em todo o mundo vêm a público para atualizar número de pessoas com covid-19, a doença transmitida pelo novo coronavírus, que estão sendo tratadas, aumenta a angústia dos cidadãos das diversas nacionalidades que vivem o drama de ver a quantidade de casos se multiplicar sem que haja muito o que fazer para impedir o avanço da doença.

A cada anúncio de restrições ou algum tipo de quarentena é natural que as pessoas se preocupem. Não é caso de pânico, mas o ideal é que se busque informações para que todos possam se preparar fisicamente, emocionalmente e financeiramente para oferecer o mínimo de proteção para os filhos, pais e parentes mais próximos.

Nos últimos dias, uma enxurrada de comentários invadiu a internet acusando a imprensa, principalmente a grande mídia, de semear pânico, inclusive abalando os mercados financeiros. Primeiro foi o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e depois o seu colega brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmarem que as notícias causam histeria.

Momento oportuno para lembrar do início da epidemia na China, quando o médico Li Wenliang tentou alertar o público sobre o perigo de um novo vírus que surgia e foi silenciado pelas autoridades e até mesmo detido pelo governo chinês sob acusação de tentar criar histeria.

O desfecho dessa história todo mundo sabe, com o governo da China reconhecendo que errou por não alertar mais cedo a população e depois da morte de Wenliang (infectado pelo coronavírus) os chineses se revoltando contra as autoridades e reproduzindo em massa uma frase que o escritor chinês Murong Xuecun, uma das mais respeitadas vozes em favor da liberdade de expressão daquele país: “Quem detém a lenha para as massas é quem morre de frio no vento e na neve”.

Nesta quarta-feira (11), o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, decretou a situação do novo coronavírus como uma pandemia mundial.

Inicialmente, havia uma resistência em decretar o novo status da covid-19, mas a entidade tomou a decisão justamente devido aos níveis alarmantes de propagação do vírus quanto pela falta de ação em vários países.

É certo que o problema tem que ser tratado com responsabilidade, evitando a todo o custo um pânico generalizado. Mas a informação ainda é a melhor arma que a população pode ter para se defender.

Evidente que a dengue é a principal preocupação do brasileiro neste momento. Surgiu, porém, uma nova razão de manter-se em alerta: a chegada do coronavírus ao País. Não dá para descuidar de uma e ignorar a outra.

E por que devemos nos preocupar com o coronavírus e o governo brasileiro deve tomar medidas de precaução? Justamente porque é uma doença nova que avança enquanto a população fica com a nítida sensação de falta de controle.

Mantenha-se bem informado lendo a FOLHA. Obrigado pela preferência!