A epidemia de dengue continua preocupando a Região Norte do Paraná, apesar de todos os estados brasileiros não apresentarem mais uma tendência de aumento de casos da doença, conforme boletim divulgado nesta terça-feira (14) pelo Ministério da Saúde. Enquanto Maranhão e Mato Grosso registram tendência de estabilidade de casos, todas as demais unidades da Federação apresentam tendência de queda.

No Paraná, o boletim divulgado também na terça-feira (14) pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) confirmou 27.627 novos casos da doença e 38 mortes no Paraná - incluindo seis em Londrina, cinco em Rolândia, quatro em Cambé (Região Metropolitana de Londrina) e duas em Apucarana (Centro-Norte).

De acordo com o documento da Sesa, o atual período epidemiológico, que teve início em julho de 2023, soma agora 277 óbitos no Paraná, 359.431 casos confirmados e 669.301 notificações. Os óbitos registrados no informe desta semana pelas autoridades paranaenses ocorreram entre 16 de março e 2 de maio.

A Regional com mais casos confirmados até o momento é a 8ª RS de Francisco Beltrão, com 48.793 diagnósticos. Na sequência estão a 10ª RS de Cascavel (46.819), 17ª RS de Londrina (36.044), 16ª RS de Apucarana (33.897), 15ª RS de Maringá (29.942) e 11ª RS de Campo Mourão (26.598).

As cidades com mais casos são Londrina (24.631), Cascavel (23.328), Maringá (17.971), Apucarana (17.522) e Francisco Beltrão (13.690). Há 398 municípios com confirmações de dengue – apenas Agudos do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, não tem casos confirmados.

O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, comentou que "embora os números epidemiológicos sejam altos, estamos notando o início de uma tendência de queda no registro de casos e notificações. Isso se dá, entre outros fatores, pela chegada de temperaturas mais frias, que dificultam a reprodução do mosquito".

A tendência de queda nos índices da dengue é uma boa notícia, mas a população não deve baixar a guarda. O trabalho de manter as casas e imóveis corporativos livres de criadouros do mosquito transmissor precisa ser contínuo, o ano todo.

Até o momento, o País possui 4,7 milhões de casos prováveis da doença e os óbitos totalizam 2,5 mil, número que fez o Brasil bater recorde histórico de mortes por dengue em 2024. Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de óbitos ocorreu em 2023, com 1.094. Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053.

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