A Delegacia Cidadã de Londrina pode começar a sair do papel em breve, pois o governo estadual está preparando um novo edital para contratação da empresa responsável pela construção. A vencedora da primeira licitação, aberta em 2021, disputou sozinha o processo, mas não pode assinar contrato com o Estado por pendências judiciais com a Paraná Edificações e acabou desclassificada.

Agora, o novo edital teve o valor corrigido e chegará perto dos R$ 10 milhões. Com o reajuste, a expectativa é atrair um número maior de concorrentes para o certame. Essa é a terceira correção feita no valor total da obra, orçada inicialmente em R$ 7,4 milhões. Quando foi publicado o primeiro edital, o valor foi revisto e ficou em R$ 8,8 milhões e agora, foi aplicado um aumento de cerca de R$ 1 milhão, correspondente a mais de 13%.

Em entrevista à FOLHA, a chefe do Núcleo Regional da Casa Civil da Região de Londrina, Sandra Moya, disse que o novo edital será lançado ainda nesta semana. A Delegacia Cidadã será construída em um terreno de quase 1,8 mil metros quadrados na avenida Luigi Amorese (zona oeste).

Planejadas pelo Programa Paraná Seguro, a proposta das delegacias cidadãs é reunir diversas especialidades da Polícia Civil em um mesmo local, centralizando os serviços para a população. A unidade de Londrina deverá abrigar a sede da 10ª SDP (Subdivisão Policial de Londrina), que desde que deixou o prédio histórico na rua Sergipe ocupa um imóvel na Vila Siam (zona leste), dividindo espaço com quatro delegacias, além da parte administrativa.

Embora seja um programa lançado em 2010, a primeira Delegacia Cidadã do Paraná só foi inaugurada em 2017, em Matinhos, no Litoral. No Norte do Estado, além de Londrina, a Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública) anunciou, em fevereiro passado, a intenção de construir outras cinco unidades na região metropolitana: em Bela Vista do Paraíso, Sertanópolis, Porecatu, Ibiporã e Centenário do Sul.

Mais do que concentrar serviços para a população, a Delegacia Cidadã precisa ser vista e trabalhada como uma busca por espaços mais dignos e modernos para atendimento na segurança pública, com benefícios para os servidores e para a população, em um esforço de humanização.

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