Obras públicas paralisadas são sinônimos de desperdício de recursos públicos. Quando se trata de obras da saúde, serviço vital para a população, o prejuízo é ainda maior, principalmente para os mais vulneráveis. O atraso na conclusão dessas estruturas essenciais priva as comunidades de acesso imediato a serviços cruciais e ajuda a agravar desigualdades sociais ao não dispor de atendimento adequado a quem depende exclusivamente do sistema público.

Reportagem principal desta edição da FOLHA mostra que 141 obras da saúde estão nesta condição no Paraná, sendo 13 delas no Norte e Norte Pioneiro do Estado. A UPA de Santo Antônio da Platina é um exemplo gritante dos impactos desses atrasos. Construída há quase uma década, a estrutura de R$ 2,2 milhões permaneceu ociosa devido à falta de recursos para equipamentos e pessoal.

Para os cidadãos de baixa renda e sem recursos para pagar por serviços particulares, uma UPA poderia significar a diferença entre a vida e a morte em situações emergenciais. A prefeitura tenta agora adaptar os serviços para o atendimento de algumas especialidades.

Além disso, a presença de unidades de saúde na própria cidade evita a "romaria da saúde", onde pacientes muitas vezes se arriscam em viagens longas e perigosas para buscar tratamento adequado.

A fiscalização rigorosa por parte dos órgãos competentes é fundamental para garantir que os recursos sejam utilizados de maneira eficaz e transparente, evitando novos atrasos e desperdícios. É através dessa fiscalização que podemos assegurar que as obras sejam concluídas dentro dos prazos estipulados e que os serviços de saúde sejam finalmente disponibilizados àqueles que deles tanto necessitam.

Apesar do tempo perdido, o anúncio da retomada das obras pelo governo federal, através do Pacto Nacional pela Retomada de Obras Inacabadas, é um passo crucial para reparar esses prejuízos. Ao investir R$ 34,5 milhões em 141 projetos de saúde no Paraná, o governo não só completa estruturas físicas essenciais, mas também reforça a infraestrutura necessária para oferecer atendimento digno e eficiente à população.

É essencial que o governo federal e as autoridades locais trabalhem em conjunto para garantir que as promessas feitas sejam cumpridas e que a saúde pública não seja negligenciada.

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