Quem dirige pelas ruas de Londrina sabe que o trânsito da cidade tem problemas crônicos. Ruas estreitas para tantos carros no centro e pontos de lentidão em horários de pico são alguns deles. Há problemas causados também pelos próprios motoristas, motociclistas e pedestres. Flagrar desrespeitos às normas não é nada raro.

O ideal seria que todos se conscientizassem, priorizassem a segurança em vez da pressa. Mas esse ideal não existe na prática. Por isso, a punição é a forma encontrada de exigir que as regras de trânsito sejam seguidas e o número de acidentes, graves ou não, diminua.

Uma das formas de fiscalização mais comuns são os radares que flagram excesso de velocidade, avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestre. O município tem hoje 82 pontos com fiscalização eletrônica fixa.

De 2019 até junho deste ano, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) aplicou 244 mil multas com radares fixos - 20.320 apenas no primeiro semestre de 2024. A alta quantidade de multas indica que o desrespeito impera nas ruas e avenidas de Londrina.

A consequência é um trânsito violento, que exige muita atenção de pedestres, principalmente os mais vulneráveis, como idosos e cadeirantes, por exemplo.

As vias de Londrina têm atualmente quatro pontos com radares em fase de teste - os equipamentos flagram a velocidade dos motoristas, mas ainda não multam, o que é indicado por meio de placas. Dois lugares já têm chamado a atenção dos motoristas desde julho: a entrada e saída da trincheira da avenida Leste-Oeste, no cruzamento com a Rio Branco.

O uso dos radares sempre provoca debates. Por um lado, há quem defenda que existe na cidade uma suposta “indústria da multa”, devido ao que consideram alto número de punições aplicadas aos motoristas. Por outro lado, está o argumento de que motoristas e motociclistas que não desrespeitam as leis de trânsito nunca receberão multas.

O fato é que o trânsito exige responsabilidade de todos. Os motoristas, motociclistas, ciclistas, cadeirantes e pedestres têm que respeitar as regras e atuar com cortesia para garantir a integridade física de todos. Parar na preferencial, respeitar o sinal vermelho, dar preferência ao pedestre na faixa e circular dentro do limite de velocidade são atitudes tão importantes quanto óbvias. É uma questão de civilidade.

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