A história nos mostra que golpistas, aquelas pessoas que usam artimanhas ilegais para conseguir vantagens sobre os outros, existem desde os tempos remotos. O que vem mudando é a forma de aplicar o golpe.

Se antes o malfeitor lidava com o que estava ao seu alcance físico, depois, com o surgimento de uma rede que conecta as pessoas instantaneamente, independentemente do lugar e distância, as possibilidades de praticar o crime também se multiplicaram.

Telefones, e-mails, redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas, todas as portas que as pessoas abrem para se conectar podem virar chamariz para a atuação de criminosos. Fechar essas portas não é solução porque cada vez mais as atividades do nosso cotidiano passam a ser efetuadas no ambiente virtual. O melhor, então, é saber como se defender dos golpistas.

Nesta quarta-feira (27), uma mulher de 20 anos foi presa em Londrina pela PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), por meio da DRCC (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos). A ação da polícia aconteceu no âmbito da Operação Annabelle, com objetivo de desarticular um grupo criminoso que se dedicava à extorsão virtual.

Segundo a investigação, os criminosos agiam nas redes sociais atraindo as vítimas, na maioria homens, para conversas íntimas e solicitando fotos comprometedoras. Em seguida, exigiam o pagamento de R$ 20 mil para não divulgar as imagens na internet.

A autora será indiciada pelo crime de extorsão, cuja pena pode chegar a dez anos de reclusão. Na casa da investigada, foi apreendida “vultosa” quantia em dinheiro - valor não divulgado - e diversos aparelhos eletrônicos, que serão analisados pela perícia. Segundo informações da Polícia Civil, as investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema.

O golpe na internet a partir de aplicativo de encontros é apenas um de uma lista que cresce a cada dia. Quem nunca ouviu falar em extorsão virtual, golpe de clonagem de WhatsApp, perfil falso de redes sociais, mensagens de e-mail de agências bancárias e downloads suspeitos? Só para citar alguns.

A pergunta que não quer calar é por que caímos em golpes que nitidamente são uma armadilha? A resposta já virou até pesquisa científica. Se você pensou que as principais vítimas são pessoas mais vulneráveis e com menos escolaridade, é bom saber que mesmo quem tem nível de estudo alto e os mais experientes também podem se ver facilmente em uma arapuca.

A informação é a principal aliada do cidadão na tarefa de conhecer as ciladas que estão na "praça" e as orientações de como se proteger. No mais, lembrar que a maioria dos golpes que está aí existe há muito tempo. O que mudou foi a roupagem.

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