Ex-vereador de Arapongas acusado de agredir mulheres é solto
Pastor do Mercado estava preso desde janeiro em Londrina e tenta retomar o mandato na Câmara Municipal após ter sido cassado
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 04 de julho de 2022
Pastor do Mercado estava preso desde janeiro em Londrina e tenta retomar o mandato na Câmara Municipal após ter sido cassado
Rafael Machado - Grupo Folha
A Justiça de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina) liberou da prisão o ex-vereador Paulo César de Araújo, o Pastor do Mercado, acusado de agredir ao menos três mulheres. A decisão saiu na última sexta-feira (1º), mas o alvará de soltura foi cumprido no sábado (2).
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Araújo foi preso pela Polícia Civil em janeiro após a expedição de um mandado judicial. O processo corre em sigilo. "A juíza da 1ª Vara Criminal considerou que ele já estava detido por muito tempo, ainda mais porque pedimos diligências no caso", informou o advogado Sérgio Barroso, que defende o ex-parlamentar.
Barroso, no entanto, preferiu não revelar qual foi o pedido da defesa, alegando que a investigação tramita em segredo de justiça. "Ele (ex-vereador) sempre afirmou que é inocente. Esperamos que seja absolvido no final", explicou.
PROCESSO
De acordo com o advogado, Pastor do Mercado, as vítimas e outras testemunhas foram ouvidas pela Justiça. Uma das mulheres agredidas é uma idosa de 62 anos. Ela disse que recebeu diversas lesões no braço e até precisou passar por cirurgia.
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Enquanto esteve preso, o ex-vereador teve o mandato cassado pela Câmara de Arapongas. Ele estava filiado ao União Brasil. Foram 13 votos favoráveis e uma abstenção. A sessão durou 10 horas e ocorreu no início de maio.
TENTATIVA
O político tenta recuperar o cargo no Legislativo. A defesa dele entrou com uma ação na Vara Cível de Arapongas para anular a cassação. "Houve vários erros. As supostas vítimas não compareceram pra serem ouvidas e a Comissão Processante se baseou apenas nos depoimentos dados na delegacia", pontuou Sérgio Barroso, que foi delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina nos anos 2000.
O advogado afirmou que seu cliente não teve o direito de apresentar o outro lado da história. "Nenhuma prova concreta que poderia cassar o mandato dele foi apresentada". A anulação está sendo analisada pelo Ministério Público, que tem até esta semana para dar seu parecer.
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